quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Aquilo que amamos

De todos os prazeres que existem, talvez o ato de comer seja o mais sublime.

O paladar transcende às sensações corporais. Os olhos se fecham, as papilas gustativas se inflamam na explosão de sabores que tomam conta das hemácias, quando um sentimento aflora à mente movida pelo paladar.

É como a Capela Cistina, naquela parte onde criador e criatura encostam as pontas dos dedos.

O doce condena. O salgado, liberta. E não há condenados ou libertados mais felizes do que aqueles que se rendem ao momento único de provar à beira do fogão, o molho que só a vovó é capaz de fazer.

Dos bolinhos de chuvas em tardes frias; dos bolos de fubá com erva-doce; das (ai meu Deus) cuecas viradas que (en)fartaram de tanto saciar a fome da gurizada em tardes mornas de brincadeiras intermináveis.

Da lasanha de camarão à maresia da brisa praiana; do pavê (para comer); do (Jesus, que fome) roz-bife que só a Dona Tereza sabe fazer:

Disso tudo, uma coisa em comum: O SENTIR. O COMER.

Bem vindos ao nosso blog.


Nenhum comentário:

Postar um comentário